Na indústria eletrônica o entalhe a laser descrito é comumente usado como gerador de fratura por estresse em substratos cerâmicos. Na produção de circuitos elétricos, uma placa de cerâmica é revestida e impressa com mini circuitos individuais. Para separá-los usa-se um laser Nd: YAG que gera cerca de buracos de 50 mícrons de diâmetro e que são perfurados em todo o circuito. Estes furos são usados como pontos de fratura inicial. Na indústria automotiva emprega-se o mesmo processo de geração de fratura. Utilizam-se lasers de Nd: YAG com boa qualidade do feixe aproximando-o do modo básico, que é a mais apropriada, tanto do ponto de vista técnico como do econômico. Na fabricação de bielas o laser scribing é utilizado para produzir a fratura inicial para depois partí-la (clivá-la) permitindo uma montagem bastante simplificada. Na atualidade esta não é somente uma alternativa viável, mas tornou-se prática comum indústria automotiva.
Nós introduzimos o método de laser scribing criando ou sulcos que iniciam o stress para a separação (clivagem) de blocos de motor GM 4,5 lv8 feitos de liga de ferro vermicular. Este método de riscar com o laser os mancais do girabrequim de um bloco de motor substitui a ferramenta de brochar que é tradicionalmente utilizada. O mancal do girabrequim deve ser riscado com o laser em dois riscos diametralmente opostos a 180 g para localizar o ponto de
iniciação da trinca. O mancal (suporte dos rolamentos) é fraturado mecanicamente, utilizando-se um mandril de expansão. Para que este processo seja repetido em todos os mancais de suporte dos rolamentos do girabrequim desenvolvemos uma extensão do caminho óptico do laser (lança)
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transferindo a cabeça de processamento permitindo que o laser penetrasse no bloco em toda sua extensão entalhando todos os mancais do bloco a 180 graus. Esta extensão da cabeça de processamento óptico (lança) foi projetada e construída para substituir a cabeça original para que o feixe laser pudesse ser inserido no eixo de manivela dos cilindros em toda sua extensão. A distância entre a superfície e o bocal de laser foi de cerca de 1 mm. Esta lança dirigiu o feixe laser perpendicular as cinco superfícies dos mancais de modo que o laser movia-se numa direção riscando os mancais dentro do eixo da manivela. Em seguida, vira-se a lança a 180 graus ao redor de seu eixo longitudinal retornando o laser para se repetir o processo nas mesmas cinco superfícies movendo o laser de volta. Na figura 2 são apresentados os resultados de circularidade e desvios de cilindricidade obtidos por este método em relação ao método tradicional de riscar os mandris. Esses resultados mostrados na figura comparam o processo de riscar em corpos de prova feitos com três tipos diferentes de lasers de estado sólido, como laser de fibra de itérbio, Nd: YAG pulsado e Nd: YAG chaveados (Q-switched).
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